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COMO JABUTICABA

Pedro Rodrigues (PP), o vereador mais votado na última eleição em Patos de Minas, cidade a 400 quilômetros de Belo Horizonte, teve uma idéia que considerou genial: sortear com a população dois cargos de assessor parlamentar.
Cada cargo vale um salário de R$ 1.850,00. Apenas um deles exige do seu eventual ocupante o segundo grau completo.
O sorteio foi marcado para o próximo dia 12 no plenário da Câmara Municipal. A iniciativa de Rodrigues repercutiu tão bem em Patos de Minas que ele decidiu sortear os cargos de suplentes dos dois assessores.
“Não dizem que os políticos só empregam parentes e amigos? Comigo não tem isso”, esclareceu. O Ministério Público Estadual abriu inquérito para apurar o caso.
Ex-secretário-geral do Ministério da Justiça no governo José Sarney, o jurista José Paulo Cavalcanti Filho garante que Rodrigues pode sortear os cargos, sim. E até deve ser elogiado por isso. O que ele acha errado é que Rodrigues ganhe salário e pague salário a quem o assessora.
Exatos 181 países fazem parte da ONU. Em um só se paga salário a vereadores ou a pessoas que exercem funções equivalentes. Adivinhe...
A única invenção brasileira reconhecida em fóruns internacionais é a duplicata mercantil. Data da época em que Dom João VI transferiu para o Rio a sede do império português. Nem o avião é, apesar do proclamado pioneirismo de Santos Dumont.
Pois a segunda invenção à espera de reconhecimento universal é o vereador pago. O vereador pago é como a jabuticaba, uma fruta genuinamente nacional.
Em raros dos outros 180 países, paga-se simbólica quantia aos conselheiros municipais. Eles se reúnem em local cedido pela administração do lugar. Oferecem lá suas idéias e vão para casa.
No Brasil, até 1977, somente os vereadores de capitais recebiam salários. Para fazer média com os políticos depois de ter fechado o Congresso, o general-presidente Ernesto Geisel estendeu o benefício aos demais vereadores.
Nos 5.561 municípios havia um total de 60.267 vereadores até 2004. A Justiça Eleitoral passou a faca em mais de oito mil vagas.
O Congresso ameaçou aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição que fixava em 57.295 o número de vereadores. Recuou e o número ficou em 50.653.
Poderia ser o dobro disso desde que pouco ou nada custassem aos nossos bolsos.
Sabe quanto eles custam? Algo como R$ 4,8 bilhões anuais.
É de lei: 5% da receita do município servem para pagar os vereadores, seus assessores e as demais despesas de manutenção da Câmara Municipal.
Você não acha que esse dinheiro seria mais bem empregado caso fosse destinado às áreas de educação e saúde, por exemplo? Afinal, a produção legislativa dos vereadores é irrisória e vagabunda.
Mas pense em propor acabar com a figura do vereador pago. Os deputados estaduais precisam dele para se eleger, assim como os federais precisam dos estaduais – e pelo mesmo motivo.

Fonte: Blog do Noblat

PELA PAZ ENTRE VIZINHOS

Alguns oportunistas estão se utilizando da ambição política de um duvidoso líder comunitário do Gama para tentar superestimar supostas insatisfações de moradores vizinhos aos chamados becos que foram transformados em lotes e distribuídos dentro do programa habitacional do GDF e instalar um clima de guerra. O tal “líder” está sendo financiado por empresários que querem fustigar o governo Arruda, mas não têm coragem de mostrar a cara.
No entanto, o tal “líder” perde a credibilidade quando descobrimos as suas verdadeiras intenções. Primeiro: como corretor de imóveis, que ele é, deixa uma dúvida se não existe algum interesse comercial na sua dedicação pela causa dos insatisfeitos. Outra historinha que coloca em dúvida as reais intenções do tal defensor da cidade é seguinte: ele deseja ardentemente ser candidato a deputado distrital e não conseguindo garantia no partido em que estava filiado, se desligou da agremiação política e partiu para carreira solo. Encontrou na ocupação dos lotes de beco o seu tema e os seus financiadores.
Não tenho procuração para defender quem ganhou ou comprou lote nem protestar em nome dos que se sentem prejudicados, mas quero chamar todos os à reflexão: Não tem briga pior do que briga entre vizinhos .
Além disso, não é de hoje que os gamenses reclamam das grandes áreas desocupadas e sem urbanização onde são depositados lixo e entulho, além de causar insegurança e só trazer despesa ao poder público com a sua manutenção. Desde que o Gama foi fundado os moradores se sentem incomodados. Durante a seca estas áreas geram poeira e na época das chuvas é a lama e o mato alto que tomam conta.
Toda mudança gera instabilidade e é até natural que nos primeiros momentos alguns moradores recebam os novos vizinhos com alguma reserva, mas os moradores não podem ceder aos argumentos dos espertalhões e criar uma situação de animosidade com alguém que só quer um lugar seguro para abrigar a sua família e poder sair todo dia para cumprir a difícil e arriscada missão de cuidar da segurança de todos os cidadãos e cidadãs do Gama.