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Agnelo reduz diferença de Roriz

Neste fim de semana o Jornal de Comunidade deverá publicar o resultado de uma pesquisa do Instituto Dados que aponta Roriz com 35% e Agnelo com 27% da preferência dos eleitores do Distrito Federal. À medida que se aproxima as eleições Agnelo vai reduzindo a diferença do seu principal oponente. As consultas anteriores davam uma diferença de 13 pontdos percentuais, dando Roriz com 38% e Agnelo com 25%. Este último resultado aponta uma tendência de estagnação do Roriz e crescimento de Agnelo.

ENTREVISTA DE LULA AO CORREIO BRAZILIENSE

LULA "O ESTADISTA" , O MELHOR PRESIDENTE DO BRASIL DESDE JUSCELINO KUBITSCHEKEntrevista - Luiz Inácio Lula da Silva

Lula considera quatro anos insuficientes para fazer obras estruturantes. Segundo ele, o discurso recente de José Serra, favorável ao mandato único, seria uma forma de atrair o ex-governador de Minas Aécio Neves para a chapa tucana na disputa pela Presidência
Denise Rothenburg, Josemar Gimenez e Sílvia Bessa
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi procurado pelo PSDB há algum tempo para tratar do mandato presidencial. A proposta era unir PT e PSDB em torno da ampliação do período de quatro para cinco anos e incluir no pacote o fim da reeleição. O relato foi feito ontem pelo próprio Lula, durante entrevista aos Diários Associados, concedida na Biblioteca do Palácio da Alvorada. “Eu disse ao interlocutor que não queria mais o fim da reeleição”, contou.
O presidente explica que mudou a opinião porque percebeu que “para se fazer uma obra estruturante nesse país, o sujeito, até fazer o projeto básico, executivo, conseguir a licença ambiental e vencer o Judiciário, já terminou o mandato”. Em quase uma hora de conversa, acompanhado do ministro da Secretaria de Comunicação, Franklin Martins, Lula deixou claro que conversará com Ciro sobre a não candidatura, enquadrou o PT de Minas, dizendo que a prévia p ara esc olher candidato do PT acirrará os ânimos, e, ainda, sugeriu ao PT do DF que converse com o PMDB na hora de compor o palanque de Agnelo Queiroz ao governo local. “O PMDB é peça importante na aliança nacional”, afirmou Lula, certo de que Michel Temer será o vice capaz de levar o partido para Dilma Rousseff.
Presidente não abre mão da reeleição

“O PT não precisa provar para ninguém que tem 30% dos votos em São Paulo. Precisamos arrumar os outros 20%. Eu disse ao Mercadante: ‘É preciso que você arrume o teu José Alencar’.”

“O Temer dará a segurança de um homem que tem a seriedade comprovada no Congresso. Se ele for o indicado pelo partido para vice de Dilma, dará a tranquilidade de que nós não teremos problemas de governabilidade”


Eles (PSDB) ganharam em 1994 e aprovaram a reeleição em 1996. Em política não vale ingenuidade. Ninguém vai acreditar que o mesmo partido que criou a reeleição venha querer acabar com ela. É promessa para quem? Ninguém está pedindo isso. Só o Aécio (Neves) está pedindo”


Quando eu deixar a Presidência, vou ser uma pedra no calcanhar do PT para que o PT coloque a reforma política como prioridade, com 365 dias por ano falando de reforma política”


O senhor acha que o brasiliense tem o que comemorar hoje nesses 50 anos?

O povo de Brasília tem que comemorar. O significado de Brasília como capital não pode ser confundido com os administradores que cometeram absurdos. Muitas vezes, os erros são cometidos porque as pessoas acham que ficarão impunes. Brasília, de um lado, tem que estar de luto, porque aconteceu essa barbaridade, mas, ao mesmo tempo, tem que ter orgulho. É uma cidade extraordinária, que tem crescido muito acima do que foi previsto por Niemeyer e JK. Em alguns aspectos, cresceu um pouco desordenada. Acho até que houve irresponsabilidade em alguns momentos, mas Brasília é isso: tem um lado humano, o Plano Piloto, o centro das cidades satélites, e o lado desumano, daqueles que vivem no Entorno, em situações adversas. Ainda assim, acho que o povo tem que comemorar porque foi uma epopeia o nosso Juscelino cumprir e ter coragem de fazer uma coisa pensada em 1823. Não era fácil tirar a capital do Rio de Janeiro.
Tivemos uma eleição indireta em que o candidato indicado pelo PMDB ganhou. O senhor acha que ainda cabe a intervenção?Essa é uma coisa que depende exclusivamente do Judiciário. Não cabe a um presidente dizer se cabe ou não intervenção. O Judiciário, em função das informações que tem, deve tomar a decisão. Minha preocupação era a paralisação das obras. Não podemos, em função de uma crise política, ver o povo ser prejudicado. No mês passado, pedi para a CGU uma investigação porque era preciso mostrar para a sociedade como estava o andamento de cada obra. No levantamento, detectamos coisas graves, como R$ 300 milhões da saúde depositados numa conta bancária para fazer caixa, quando o dinheiro deveria ser usado para pagar salário de médico, comprar remédio.

O PT terá uma chapa em Brasília: Agnelo candidato ao governo, Cristovam Buarque (PDT) e Rodrigo Rollemberg (PSB) para o Senado. O senhor fará campanha aqui?

Primeiro, o presidente da República não defende chapa dentro do PT em cada estado. O presidente geralmente acata aquilo que os companheiros do estado fizeram. Se o Agnelo, como candidato a governador, e a direção do partido entendem que é necessário fazer essa composição para ganhar as eleições, eles que sabem. Agora, nessa chapa toda está faltando um componente, que é o PMDB. Para onde vai? Não sei se o PT do Distrito Federal está conversando com o PMDB, mas acho importante conversar. O PMDB é peça importante na aliança nacional. De qualquer forma, o Agnelo é um homem de muita respeitabilidade, de dignidade incomensurável. Acho que ele irá empolgar os eleitores.

E, em Minas, cansou, já chegou no li mite? Como vai ficar aquilo ali?

A política seria fácil se as pessoas a percebessem como o leito de um rio: a água desce normalmente se ninguém resolver fazer uma barragem. As coisas em Minas tinham tudo para ocorrer normalmente, sem trauma, sentar PT e PMDB e tentar conversar. Tínhamos e temos chance de ganhar na medida em que o Aécio Neves (ex-governador de Minas) não é candidato e ninguém pode transferir 100% dos votos. De repente, o PT resolve fazer uma guerra interna. Essas guerras não resolvem o problema. As pessoas pensam que podem fazer insultos, provocações e, depois, botar um papel em cima. No PT não volta à normalidade.
Mas como faz? No momento em que escolhe um candidato a governador, como é que tira?Se o PT precipitar as decisões, vai ficar cada vez mais num beco sem saída. A prévia é importante, mas não pode ser usada para resolver problemas que os di rigentes criaram e não conseguem resolver. Se eu criei uma confusão, em vez de resolver, falo: “Vamos para uma prévia”? Na história do PT já tivemos guerras fratricidas nessas prévias. Minas é um estado importante, interessa muito ao PT, ao PMDB e ao PSDB. É o segundo colégio eleitoral e muito sofisticado, porque você tem a Minas carioca, a Minas Bahia, a Minas Brasília, a Minas São Paulo, a Minas Minas . É preciso trabalhar isso com carinho.

Minas, pelo jeito, se o senhor não intervir, não resolve.

Se as pessoas fizeram isso achando que tenho que resolver, não é uma boa atitude. Não sou eleitor de Minas, não estou lá no embate cotidiano. Pimentel e Patrus (pré-candidatos do PT ao governo mineiro) são experientes, conhecem bem o PMDB de Minas. Já deveriam estar conversando entre eles e com o Hélio Costa (pré-candidato do PMDB) para trazer uma solução sem mágoas.

Por falar em mágoas, e Ciro Gomes?

Pretendo conversar com Ciro na medida em que a direção do PSB entenda que já é momento. Achei interessante quando ele transferiu o título para São Paulo porque era uma probabilidade. No primeiro momento, houve certa reação do PT, depois todos os quadros importantes passaram a admitir que era importante o Ciro ser candidato a governador de São Paulo. Depois, o PSB lançou o Paulo Skaf. O problema não era dentro do PT. Disse para o Ciro que jamais pediria para uma pessoa ou partido não ter candidato a presidente se não tiver argumento sólido. Ser candidato significa a possibilidade de fortalecer os partidos, mas também a possibilidade de perder uma eleição. Eu estou convencido de que essa deveria ser uma eleição plebiscitária. Fazer o confronto de ideias, programas, realizações.

E como fica a disputa pelo g overno d e São Paulo?

O PT não precisa provar para ninguém que tem 30% dos votos em São Paulo. Precisamos arrumar os outros 20%. Eu disse a Mercadante: “É preciso que você arrume o teu José Alencar”. O Alencar teve importância para mim que não é a da quantidade de votos, mas da quantidade de preconceito que quebrou. Se um cara com 15 mil trabalhadores na fábrica, a maior empresa têxtil do país, estava sendo meu vice, um cidadão que tinha dois empregados e tinha medo do Lula perdia o argumento. O discurso do José Alencar quebrou barragem maior do que a de Itaipu. O PT de São Paulo precisa arrumar esse Alencar.

Nesse conceito de vice, Michel Temer não teria esse perfil para a chapa de Dilma?

Deixa eu contar uma coisa: a Dilma tem cartão de crédito de oito anos de administração bem-sucedida no Brasil. Ela foi uma gerente excepcional. O Temer dará a segurança d e um homem que deu a vida pública já de muito tempo, tem uma seriedade comprovada no Congresso e hoje está mais fortalecido dentro do PMDB. Se ele for o indicado pelo partido, dará a tranquilidade de que nós não teremos problemas de governabilidade.
A oposição já percebeu essa questão da eleição plebiscitária e começou agora a trabalhar com o slogan “Pode ficar melhor”. Isso muda alguma coisa com relação à candidatura da ministra Dilma?Não. Mudaria se eles fizessem a campanha “pode ficar pior”. Eu acho que eles têm que prometer fazer mais coisas. O que é importante e que me dá prazer de falar desse assunto, com humildade, é o seguinte: eu mudei o paradigma das coisas neste país. Quem não queria enxergar, durante meus oito anos de mandato, vai enxergar já daqui para frente.

O senhor disse recentemente que se ressentia de não ter feito a reforma política. O Serra disse que, se eleito, proporá os cinco anos de mandato sem reeleição. Como o senhor avalia isso?

Em política não vale você ficar falando para inglês ver. A história dos cinco anos eles já tiveram. É importante ter em conta que eles reduziram o mandato de cinco para quatro anos pensando que eu ia ganhar as eleições em 1994. Eles ganharam e, em 1996, aprovaram a reeleição. Aí, para tentarem convencer o Aécio a ser o vice, vieram até me propor que, se o PT e o PSDB estivessem juntos numa reforma política para aprovar cinco anos, seria o máximo, a gente aprovaria. Eu falei para meu companheiro interlocutor: “Olha, eu era contra a reeleição, agora eu quero que tenha a reeleição mesmo se você ganhar, porque em quatro anos você não consegue fazer nenhuma obra estruturante, nenhuma”. Entre você pensar uma grande obra, fazer projeto básico, executivo, tirar licença ambiental, enfrentar o Judiciário, enfrentar o Tribunal de Contas e vencer todos os obstáculos, termina o mandato e você não começa a obra, sabe? Então eu falei: “Não quero mais o fim da reeleição”.

Essa conversa aconteceu quando, presidente? Com quem?

Faz algum tempo. Não, porque era a tese do ex-presidente para convencer o Aécio a ser vice. Então, em política não vale ingenuidade. Ou seja, ninguém vai acreditar que o mesmo partido que criou a reeleição venha querer acabar com ela. É promessa para quem? Ninguém está pedindo isso. Só o Aécio está pedindo.

O senhor já está trabalhando com a hipótese de o Aécio ser o vice?

Sinceramente, acho que o Aécio está qualificado para ser o que quiser. Se ele for vice, vai se desgastar. É só pegar o que o Estado de Minas escreveu sobre as divergências de Aécio com Serra para percebe r que o Aécio v ai colocar muita dúvida na cabeça do povo mineiro.
O senhor tem uma segurança grande com relação ao partido. A ministra Dilma não veio da base do partido. A preocupação é a seguinte: será que a ministra tem condições de ter um poder sobre o partido? Não será monitorada por ele?Não, não existe hipótese, gente. Primeiro porque uma coisa é a relação de respeito que você tem de ter com o partido. Não é uma relação de medo. Eu vou poder ajudar muito mais a Dilma dentro do PT não sendo presidente. Estarei mais nos eventos do PT, estarei participando mais das coisas do PT.

O senhor acha que vai transferir quanto de sua popularidade para a ministra?

É engraçado porque as pessoas que acham que eu não vou transferir voto para a Dilma acham que o Aécio vai transferir para o Serra. É engraçadíssimo porque as pessoas olham o seu umbigo o dizem “o meu é o mais bonito de todos”.

Mas essa transferência seria automática?

Não, não seria automática. Não existe um automaticismo em política.
E o que lhe dá, então, uma segurança tão grande?O que me dá segurança é que ao mesmo povo que me dá o voto de confiança há sete anos vou pedir para dar um voto de confiança a Dilma. Vou fazer campanha. Não pensem que vou ficar parado vendo a banda passar. Eu quero estar junto da banda, até porque acho que a campanha da Dilma é parte do meu programa de governo para dar continuidade às coisas que nós precisamos fazer no Brasil.

Patricio é o terceiro em pesquisa

O Deputado Cabo Patrício é o terceiro colocado na preferência do eleitor do Distrito Federal, conforme pesquisa realizada pelo instituto O&P Brasil. A sondagem espontânea sobre a intenção de votos para distrital mostra que o eleitorado ainda está muito indeciso.

Confira o resultado:

Paulo Tadeu (PT) - 2,4%
Reguffe (PDT) - 2%
Cabo Patricio (PT) - 1,2%
Jaqueline Roriz (PMN) - 0,7%
Bispo Rodovalho (PP) - 0,6%
Chico Leite (PT) - 0,6%
Érica Kokay (PT) - 0,6%
Geraldo Magela (PT) - 0,5%
Raimundo Ribeiro (PSDB) - 0,5%
Evandro Areal - 0,5%
Abadia (PSDB) - 0,4%
Outros - 13,8%
Nenhum - 4,3%
NS/NR - 71,9%

Motivos para intervação não faltam

A intervenção federal pode até não sair, mas motivos é o que não faltam ao Suprema Tribunal Federal:
  1. Operação João de Barro: envolve mais um deputado distrital (Paulo Roriz) em denúncias de corrupção;
  2. Regras para eleições indiretas: foram flexibilizadas para autorizar a inscrição de mais candidatos;
  3. Posse: o deputado Geraldo Naves saiu diretamente da Papuda para uma cadeira de deputado distrital, com direito a votar na escolha do governador;
  4. Eurides Brito: a deputada do dinheiro na bolsa continua serelepe e cada vez mais participativa como se nada tivesse acontecido com ela e também vai votar na escolha do novo governador;
  5. O governador: o candidato com maior change de se eleger, Wilson Lima, está posicionado entre Arruda no passado recente e Roriz no futuro próximo. O criador e a criatura estão produzindo o nefasto.
Aí fica dificil acontecer a eleição. E se acontecer fica fácil fazer a intervenção.

CPI da corrupção pára novamente

A deputada Eliana Padrosa acaba de deixar a presidência da CPI da corrupção na Cãmara Legislativa, algando que o presidente da casa, deputado Cabo Patrício, a desrespeitou ao nomear funcionários para a CPI sem consultá-la. Isso mostra muito bem a disposição que a deputada tinha de investigar de verdade a corrupção que grassa no governo do Distrito Federal. Aliás, seria mesmo uma incoerência da deputada do DEM apurar as falcatruas perpetradas pelo seu partido.

Dez chapas concorrem às eleições indiretas

Dez candidaturas foram registradas oficialmente nesta quarta-feira (7) para as eleições indiretas que escolherão o novo governador e o vice-governador do Distrito Federal. Os novos governantes comandarão o Governo do DF até 31 de dezembro deste ano.As eleições estão marcadas para o dia 17 de abril, às 17h30, no Plenário da Câmara Legislativa. Os eleitores serão os 23 deputados distritais que estão no exercício de seus mandatos. Uma vaga ainda está em aberto em decorrência da renúncia do ex-deputado Brunelli.Para ganhar a eleição, os candidatos terão que obter um mínimo de 13 votos. Os eleitos tomarão posse no dia 19 de abril, às 10h, em sessão solene na Câmara Legislativa.A Mesa Diretora da Câmara se reunirá nesta quinta-feira (8), às 10h, para analisar se as candidaturas registradas atendem aos requisitos legais.
Confira abaixo as candidaturas oficializadas.Candidaturas registradas:1) Partido Verde (PV):Governador: Nilton ReisVice-governador: Deborah Achcar2) Partido Social Liberal (PSL)/Partido Trabalhista Nacional (PTN):Governador: Newton Lins Teixeira de CarvalhoVice-governador: Paulo Fernando Santos de Vasconcelos 3) Partido Comunista do Brasil (PCdoB):Governador: José Messias de SouzaVice-governador: Olgamir Amancia Ferreira4) Partido Social Democrata Cristão (PSDC):Governador: Virgílio MacedoVice-governador: Waldenor Paraense5) Partido Republicano (PR):Governador: Wilson LimaVice-governador: Jucivaldo Salazar6) Partido Trabalhista Brasileiro (PTB):Governador: Luiz Filipe Ribeiro CoelhoVice-governador: João Estênio Campelo Bezerra7) Partido Republicano Brasileiro (PRB):Governador: Aguinaldo Silva de OliveiraVice-governador: Roberto Wagner Monteiro8) Partido dos Trabalhadores (PT):Governador: Antônio Ibañez RuizVice-governador: Cícero Batista Araújo Rola9) Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB):Governador: José Carlos PereiraVice-governador: Simone Ribeiro Nunes10) Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB):Governador: Rogério Schumann RossoVice-governador: Ivelise Maria Longhi Pereira da Silva

WILSON LIMA NÃO

O deputado distrital era, até bem pouco tempo, um parlamentar apagado que se destacava por suas brincadeiras sem graça no plenário, por suas declarações sem nexo à imprensa, por seus projetos de lei inacreditáveis, pelo nepotismo assumido e defendido, pelo uso de funcionários do seu gabinete na sua ONG.Mas eis que a caixa de pandora é aberta, provoca um terremoto na política do DF e Lima vira o presidente da Câmara Legislativa numa articulação que visava salvar Arruda e os distritais envolvidos no escândalo e nos processos que se prenunciavam. A roda girou, uma gang foi presa tentando comprar testemunha para salvar o chefe. Arruda também foi preso, dois distritais renunciaram e Wilson Lima virou o governador do DF.No governo vem substituindo os asseclas de Arruda, que estão debandando e abandonando o barco, por outros do “baixo clero” da política local, mas totalmente comprometidos com o esquema. Além de vir fazendo bondades duvidosas e irresponsáveis, colocando em perigo as finanças públicas do Distrito Federal, ao anunciar aumentos salariais com dinheiro do Fundo Constitucional sem consultar o governo federal, que é quem repassa o dinheiro para pagamento dos salários da educação, saúde e segurança pública, Lima irritou o Palácio do Planalto.
Quando Wilson Lima era um cidadão comum, morador do Gama, ou apenas deputado distrital, cobrava competência aos administradores regionais que não faziam parte do seu esquema político. Agora, no governo, tendo a administração sob suas ordens, não vemos em Brasília e muito menos no Gama a tão cobrada solução dos problemas.
No Gama, por exemplo, não consigo enxergar nada de novo no Hospital Regional do Gama, nada aconteceu até agora com o péssimo transporte público, as escolas estão do mesmo jeito, a obra da feira permanente está inacabada, a Área de Desenvolvimento Econômico - ADE, continua sem ocupação, o trânsito cada vez mais caótico, a obra do viaduto do periquito não andou e o engarrafamento inferniza a vida de quem precisa sair do Gama de manhã e voltar à tarde. Mudança mesmo só vôo do helicóptero do governador cujo ronco pode ser interpretado como uma gargalhada na cara dos moradores.
A Câmara Distrital prepara-se para - se não houver a intervenção federal - eleger indiretamente um governador tampão e Lima se articula para disputar o cargo. Se for eleito será a vitória e a retomada, por mais oito meses, do esquema que a Policia Federal desmontou com a operação Caixa de Pandora. Mas pode também cair nas garras de Roriz e colocar o governo a serviço da sua eleição. Tudo depende das negociações que se processarão na Câmara Legislativa e para que lado penderá os deputados enrolados ou os seus suplentes.