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Crônicas da campanha

Com dinheiro fica fácil

Uma nova modalidade de se "colocar à disposição para a campanha" está colocada em pauta pelos cabos eleitorais de plantão. Ou melhor, talvez nem seja nova. Como antigamente eu fazia campanha em um partido de esquerda, tido como radical, que não aceitava aliança com qualquer um, é possível que tal pratica só tenha chegado ao meu conhecimento agora que estamos numa coligação, digamos assim, bastante ampla.
Pois bem, o tal cabo eleitoral, não vem se colocar à disposição para ajudar na campanha, ele vem vender a sua estrutura composta de veículo, coordenadores e equipe. São "lideranças" que se dizem capazes de mobilizar centenas de pessoas, conquistar milhares de votos e dar uma "contribuição" decisiva para eleger qualquer candidato. A contrapartida exigida é sempre uma remuneração para os coordenadores, combustível, alimentação etc, etc.
Cheguei a conversar com pelo menos 4 desses líderes que ofereciam os mesmos serviços e prometiam resultados semelhantes, só mudavam os métodos. Um deles chegou a detalhar a sua metodologia: eles são 20 líderes, mas para ser líder tem que ter no mínimo 50 pessoas cadastradas e comprometidas a votar em quem ele indicar. Não se sabe o que é prometido para formar este pequeno curral, mas com certeza é algo que vai comprometer o eleito mais tarde.
Depois dessas conversas conclui que é mais fácil do que se imagina a eleição de quem tem dinheiro.

TRE faz Wilson Lima manter a palavra

"Não vou abandonar o barco. Vou abrir mão de uma reeleição garantida à vaga de deputado distrital para permanecer no governo. Mas queria chamar o povo de Brasília e as lideranças políticas a uma reflexão. 


Muitas das pessoas interessadas em participar da eleição indireta estão de olho é na reeleição no fim do ano. Estou trabalhando para ser eleito nas eleições indiretas, mas deixando sempre bem claro que em outubro não serei candidato a nada, nem apoiarei nenhum candidato". Wilson Lima, em 31 de março quando achava que ia ser eleito indiretamente pelos seus colegas da Câmara Legislativa

TRE-DF mantém impugnação da candidatura de Wilson Lima

Ricardo Taffner - O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) manteve nesta terça-feira (27/7) a impugnação da candidatura à reeleição do deputado distrital Wilson Lima (PR). Foram 6 votos a 0 para que o expresidente da Câmara Legislativa do DF ficasse inelegível.

Com o resultado, Lima não poderá se candidatar às eleições deste ano. O relator da ação, juiz Luciano Vasconcellos, indeferiu o pedido de candidatura com base no artigo 14, da Constituição da Republica que diz: "para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito”.
Publicação: 27/07/2010 15:27 Atualização: 27/07/2010 15:40
Fonte: Correio Braziliense

Crônicas da campanha

"Eu quero é meu lote"

Esta foi a frase que ouvi várias vezes ao andar pelas ruas da Ceilândia em campanha pelo meu candidato da deputado distrital.
Este é o grande mal implantado pelo ex-governador e candidato a governador, Joaquim Roriz que criou a cultura de doação de lotes à população criando cidades e mais cidades na periferia de Brasília. E não foi só isso, Roriz virou o símbolo da esperança de um lote, de uma banca na feira, de um espaço no centro para vender bugigangas, de veículo de transporte pirata. Roriz é o simbolo de informalidade e do fato consumado da ocupação e posterior legalização de espaços públicos.
Ele nem precisa fazer discursos ou promessas. Ele encarna esta imagem messiânica de pai dos pobres, do pão e leite, do restaurante que vende comida a um real. Para quem tem informação ele representa o mal do inchaço de Brasilia com seus cerca de 2,5 milhões de habitantes, cercada por mais de 2 milhões de almas gravitando no entorno da nossa cidade.
"Eu quero é meu lote" é o chavão repetido para representar muito mais do que moradia poque quem quer morar, quer escola, quer hospital, quer transporte, quer emprego. E qual será a resposta convincente que um candidato sério pode dar a estas pessoas. Como convencê-las de que um lote não é a solução para os problemas esrtruturais do Distrito Federal. Que a irregularidade não é solução para as grandes necessidades do nosso povo. Com a palavra o candidato Agnelo Queiroz.

Crônicas da campanha

Indio não quer apito

No livro de Darcy Ribeiro, O Povo Brasileiro, no qual ele busca as origens da formação do nosso povo, ele conta que os indios, quando da chegada da esquadra de Pedro Alvares Cabral, não viviam nas matas da Terra de Santa Cruz, ou Terra de Vera Cruz, ou Brasil mesmo, eles viviam na costa.
Eis que do nada a campanha do candidato José Serra, PSDB/DEM e outras coisitas, descobre o Indio da Costa e o chama para ser o seu vice. Com cara de playboy, o desconhecido deputado federal se presta a um papel lamentável de subserviência aos colonizadores tucanos ao brandir o seu tacape verbal contra o PT e sua candidata a presidente da república, Dilma Rousseff, acusando o partido de ter ligações com as Farcs e de ser conivente com o trafico de drogas.
Enquanto o Indio da Costa usa o tacape, faz a dança da chuva, atira flechas, bate tambor a elite capitaneada por Serra bate palmas. O Indio se presta ao serviço sujo, ao contrário dos nossos indigenas que jamais se curvaram aos desejos dos colonizadoras. Mas este faz tudo para aparecer.

Crônicas da campanha

Candidatos errantes

Andando por perto dos comitês centrais dos candidatos majoritários me deparei com vários candidatos proporcionais vagando a esmo sem material de campanha, sem cabos eleitorais, sem agenda, como transeuntes, ilustres cidadãos anônimos. Mas com uma certeza dentro daquelas cabeças, uma esperança muito grande de mudar o mundo a partir de um mandato parlamentar. Senão, de que adiantaria o risco, o investimento, a exposição do nome, patrimônio valioso adquirido nas lutas sociais, nos sindicatos e nos movimentos comunitários.
Não me pareceram muito animados, mas esperançosos de que alguma coisa poderia acontecer para que suas campanhas deslanchasse e o eleitorado começasse a percebê-los como candidatos viáveis. Mas a realidade é cruel e os eleitos não ficam por aí como barcos sem piloto: indo em frente sem saber onde chegar. Os eleitos têm foco, têm direcionamento, rumo e cobustível para impulsionarem suas máquinas em direção ao porto seguro.
Os candidatos que vi rondando os comitês majoritários não são piores candidatos que os outros nem seriam deputados ruins. Eles apenas não serão eleitos porque perderam uma outra eleição antes. Eles não foram eleitos pela furtuna.

Crônicas da campanha

Um minuto para artualização cultural

Ia chegando no Guará e lá longe, bem afastado do trânsito e do borulho dos motores dos carros, um militante, ou talvez um "militante de aluguel", como muitas vezes tachamos os nossos adversários nas ruas, tinha recolhidos os seus instrumentos de trabalho: faixas e placas encoistadas numa cerca que deixavam ver o nome e o número de campanha do canditato para o qual trabalhava e, tranquilamente, lia um livro.
Fiquei pensando: "será que aquela atitude seria prejudicial ou favorável a Brasília". Talvez o nome e o número do candidato estivesse deixando de ser totalmente visto e isto seja um prejuízo para ele, mas será de grande valia para aquele militante.
Talvez estivesse lendo algum livro sobre política, sobre ética, sobre as decepções que a sociedade já teve com os seus líderes. Talvez estivesse lendo apenas um manual de como fazer o bem ou o mal por meio da política. Mas pode ser que estivesse lendo um romance, poesia.
Com certeza não esta aprendendo nada que significasse a salvação da humanidade, mas poderia muito bem ser algo que contribuirá com a sua liberdade. O conhecimento liberta.

Crônicas da campanha

Desisti do eleitor, mas não da campanha

Domingo de manhã, carreata em Planaltina seguida de panfletagem na feira. Receita perfeita de atividade de campanha politica.
Foi na feira que tive o meu primeiro embate com o eleitor zangado, decepcionado com a politica e os politicos. Ao tentar entregar um panfleto ele não aceitou e numa atitude que considerei desrespeitosa passou a falar que eu devia ter vergonha na cara, como é que um homem velho de barbas brancas se prestava a estar a serviço de corruptos e ladrões etc, etc. Pensei em deixar prá lá e seguir adiante, como aconselho a todos os militantes, mas decidi contra-argumentar que não estava defendendo ninguém desonesto e que, muito pelo contrário, estava mesmo era lutanto para substituí-los por pessoas honestas. Disse que na sociedade como na política também tem gente desonesta e que eu sou honesto e tinha certeza que ele também é honesto, no que respondeu que não tinha certeza da sua honestidade. Desisti.

Imprensa hoje

SÍNTESE DE SEGUNDA-FEIRA ( 5 /JULHO/2010), E DO FIM DE SEMANA (3 E 4)


As manchetes desta segunda

- Globo: Paes anuncia choque de ordem contra buraco de rua

- Brasil Econômico- Empresas definem suas "classes sociais" para atrair consumidores

- Folha: Escola pública está três anos atrás da particular

- Estadão: Verba extra não melhora escolas com mau resultado

- JB: Aplausos na volta ao Brasil

- Correio: Distritais vão trabalhar só um dia por semana

- Valor: Blitz da Receita fiscaliza câmbio e faz autuações

- Jornal do Commercio: Procura-se um técnico

- Zero Hora: Prisão de barão da droga no Paraguai abala tráfico no RS


Dois assuntos são os principais destaques comuns nas capas, ambos com visibilidade negativa – o dados do Ideb, do MEC, divulgados na semana passada e esquadrinhados para as edições de hoje; a viagem do presidente Lula à África e visita a “ditador” da Guiné Equatorial. Capas trazem várias chamadas sobre eleições, aproveitando aspectos secundários das pesquisas. Infraestrutura volta a ter enquadramento negativo na capa do Estadão., Previ anuncia investimentos em imóveis e varejo.

Sobre a campanha eleitoral propriamente dita, as notícias mais relevantes do final de semana são poucas. A principal delas é que o Ibope confirmou a tendência pelo empate entre os dois principais candidatos à Presidência da República, apurado pelo Datafolha na semana passada. Os postos ocupados por José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) indicam que a guerra eleitoral mal começou – podendo acontecer ainda muita coisa até 3 de outubro próximo. Da mesma forma que o Datafolha, o Ibope traz que Dilma Rousseff tem melhores perspectivas do que Serra. A previsão reside no mesmo ponto realçado anteriormente: o principal cabo eleitoral da candidata do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, ainda não entrou em campo para jogar o tempo inteiro a favor de Dilma. A oposição já questiona se Lula pode ou não continuar na dupla função de presidente da República e cabo eleitoral. Um dos movimentos foi enviar ao Planalto a pergunta sobre o horário de trabalho de Lula, obtendo a resposta que seu expediente é de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. É improvável que outros questionamentos mirem restrições à atividade eleitoral de Lula, pois, ele poderá se licenciar do cargo para dedicar-se exclusivamente à campanha de Dilma.

Revista Veja traz nova denúncia contra o ex-senador e provável candidato ao governo do Distrito Federal, Joaquim Roriz. Revelando ter tido acesso a gravações, a reportagem descreve que, apesar da prisão e do afastamento do ex-governador José Roberto Arruda, nada mudou para o grupo– classificado como quadrilha pela revista – que domina a política brasiliense há 40 anos. (Com a colaboração de De Fato, Imagens e Texto)

Fraga em 2006

Jornal Opção:
“Como vou pedir votos para Roriz se ele não quer o bem do PFL (DEM)? Não sou adepto da política de quem leva uma bolacha na face direita deve oferecer a face esquerda para receber outra bolacha. Não aceito isto.” Alberto Fraga

Luiz Inácio falou

 Sobre Agnelo: “E vou dizer a vocês, além de um companheiro determinado, lutador, é um cirurgião de mão cheia. É um homem que ama sua profissão e gosta de verdade de cuidar das pessoas”, Lula

Em 2011 todos os partidos estarão com Roriz ou com o PT

A saída repentina do PP da aliança com o PT e a desculpa que deu de que não foi atendido no pleito de indicar o suplente do candidato a senador, Cristovam Buarque, vem mostrar a fragilidade de algumas uniões, ou adesões  nesta reta final de negociações partidárias.
Talvez as alianças conquistadas por Roriz sejam mais consistentes porque todos os políticos que estão com ele são oriundos dele ou sempre estiveram na sua órbita. Já o Agnelo e o PT só conseguiram ampliar o arco de alianças por causa da conjuntura e da possibilidade real de eleger o governador. Mas em 2011 todos os nanicos e médios partidos que estão de um lado ou de outro estarão no governo, principalmente os que conseguirem eleger deputados distritais.

Imprensa hoje

SÍNTESE DE QUINTA-FEIRA 1º DE JULHO


As manchetes desta quinta

- Globo: Pressão eleitoral faz governo liberar FGTS na Petrobras
- Folha: Serra cede ao DEM e muda vice
- Estadão: Serra cede ao DEM e aceita vice ligado a Cesar Maia
- JB: Índio será vice de Serra
- Correio: STF rejeita intervenção por ampla maioria: 7x1
- Valor: Veto português traz ameaça à Vivo
- Estado de Minas: FGTS vai ser aceito em nova oferta de ações da Petrobras
- Jornal do Commercio: Doenças ameaçam vítimas de enchentes
- Zero Hora: Crédito e safra recordes projetam crescimento do agronegócio gaúcho

Jornais destacam cinco temas na edição de hoje. O principal é a indicação do “desconhecido” – várias manifestações neste sentido – deputado Índio da Costa como vice de Serra e repercussão. Alerta para entrevista no Globo com vereadora tucana do Rio Andréa Vieira. Outros quatro assuntos nas capas são a capitalização da Petrobrás (Globo dá enquadramento eleitoral); a rejeição pelo STF da intervenção no GDF (manchete do Correio); revisão para cima da estimativa de crescimento do PIB para este ano; e veto do governo português à venda da participação da PT na Vivo para a Telefónica