Nos bastidores do PT DF as discussões sobre as eleições de 2010 estão se espalhando como fogo no cerrado nesta época de seca. Com a filiação do ex-ministro do esporte, Agnelo Queiroz, na legenda e a não realização de eleições no DF, os petistas começaram a se mexer e a discutir a política possível para eles neste momento: como conquistar o GDF em 2010 e com qual candidato.
Mas quando muitos apostavam que Agnelo seria o elemento de ligação das várias posições que tomam conta do partido e que unificaria as diversas correntes em torno de um projeto eleitoral para vencer, voltam à tona as velhas mágoas que estavam indo para o fundo do poço depois do processo eleitoral que elegeu a atual direção do PT, tendo de um lado o presidente, Chico Vigilante, e do outro o deputado federal, Geraldo Magela, apoiador de Lenildo Morais. No meio está a bancada de distritais tentando evitar o desgaste que será imposto a Agnelo se ele passar a ser identificado como candidato de um dos lados.
A Articulação Unidade na Luta, tendência interna do PT que tem à frente Chico Vigilante e lideranças do movimento sindical já se reuniu com o objetivo de cobrar do diretório do partido a abertura das discussões sobre a escolha do candidato do PT a governador nas eleições de 2010 e quer que a escolha seja feita ainda esta ano. Magela já se posicionou contra e disse ser uma ingenuidade política abrir essa discussão agora. Em entrevista concedida ao semanário Hoje Em Dia, Magela manda uma série de recados. Ele diz que Agnelo pode ser candidato a qualquer cargo, mas não existe canditura imposta, "é preciso construir essa candidatura", alerta.
Magela diz na entrevista que Agnelo já é visto pela militância do PT como candidato do Chico Vigilante, o que é não é bom "porque o Chico Vigilante está assumindo a candidatura do Agnelo como oposição a minha", assegura, confirmando que é candidato a governador.