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DEPUTADO CABO PATRICIO APRESENTA VOTO SEPARADO À CPI DA GAUTAMA

Depois de mais de um ano de funcionamento, convocação e depoimentos de vários envolvidos, visitas aos locais onde deveriam ter acontecido obras contratadas, centenas de reuniões, envolvimento de técnicos que poderiam estar cuidando de outros afazeres, chega ao fim a CPI da Gautama sem indiciamento formal dos possíveis culpados pelo desvio de dinheiro público e consequentemente sem nenhuma punição.

O deputado Cabo Patrício (PT) manifestou a sua inconformidade com o resultado das investigações da CPI, expostas no relatório final da comissão, elaborado pelo deputado Brunelli (DEM). Logo após a leitura do relatório final, Patrício apresentou um voto em separado, espécie de relatório alternativo com considerações divergentes, no entanto, os integrantes da CPI não aprovaram a anexação do documento ao relatório final.

Em seu voto, Patrício questiona a alegação do relator de falta de provas para indiciar os envolvidos no esquema de corrupção. "Causa espécie o fato de o relator iniciar sua minuta de relatório final mencionando o 'considerável volume de provas' e terminá-la alegando impossibilidade de sugerir indiciamentos", afirmou.

O deputado reclama das convocações aprovadas para ouvir pessoas que poderiam ajudar nas investigações mas que acabaram não ocorrendo, como a do ex-secretário Wilmar Luis da Silva e a do empresário Latif Jabur Abud. Patrício também reclamou da posição do deputado Brunelli, que no seu relatório, considerou a relação entre o ex-deputado Pedro Passos e a empresa Gautama como sendo meramente comercial."Aprovar um relatório final com esta conclusão nos transforma em marionetes e coloca a relevância do papel da Câmara Legislativa do Distrito Federal na vala da incompetência e conivência com a corrupção e desvios de dinheiro público", criticou Patrício.Ao final do documento, Patrício apresenta uma lista com recomendações de indiciamentos ao Ministério Público.

Entre os nomes apontados estão Zuleido Veras, proprietário da empresa Gautama, enquadrado no crime de corrupção ativa, e Pedro Passos, acusado de corrupção passiva, prevaricação, advocacia criminosa, crime de responsabilidade como secretário de Estado, enriquecimento ilícito e enriquecimento ilícito de terceiro.

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